HISTÓRIA


Biblioteca Pública em Peçanha


São Domingos do Prata


Virginópolis


Resplendor


Igreja Matriz em Itueta


Governador Valadares


Igreja Matriz de Nossa Senhora
do Carmo, em Aimorés


Prédio da Prefeitura em Aimorés.

Rio Doce: Arquitetura


*Antônio Moura

Nas partes mais altas do Vale do Rio Doce, aonde a colonização chegou na primeira metade do século XIX, ainda estão conservadas algumas edificações que lembra a época colonial, imitando a quarta faze do barroco religioso da região central da Província de Minas Gerais, como em Peçanha e Barra do Cuieté. Outras ainda conservam casarões horizontais e alguns sobrados verticalizados com dois ou três andares. A parte térrea destinada a loja e a superior para residência dos familiares do comerciante. Em torno da primeira igreja e depois matriz as primeira edificações são baixas e horizontais. Se o arraial crescia, transformava em vila e depois cidades. As casas simples, de portas e janelas de madeira, com vergas retas são demolidas para dar lugar a edificações que representam o enriquecimento do lugar e de seus habitantes. Uma outra situação é a de transferir o centro cívico, que é a cabeça e o coração da cidade, para outro local. Em Resplendor, de frente para o prédio da estação ferroviária ficaram duas casas antigas. Itueta próxima a Resplendor, não cresceu. Em volta da igreja-matriz ficaram as casas antigas. Aimorés começou na Barra do Manuaçu, no arraial da Natividade. Dali estendeu-se à margem direita do Rio Doce. A pequenina igreja de São Sebastião deu nome ao bairro da Igrejinha. Com a inauguração da estação ferroviária, a três quilômetros da Barra do Manhuaçu, comerciantes e tropeiros começaram a se estabelecer naquela planície, abrindo largas praças e avenidas. Começaram as edificações de estilos atualizados, em contraste com o bairro da Igrejinha. Em Governador Valadares, da velha Figueira do Rio Doce, nada restou. Nem a rua que dava acesso ao porto fluvial de Baguari existe mais. O traçado em xadrez como o de Belo Horizonte a fez desaparecer. As edificações de 1937, data da criação da cidade, também já são raríssimas.
Na arquitetura religiosa católica prevaleceu o estilo neogótico cuja inspiração é a igreja do Caraça, que foi o protótipo do estilo em Minas. Representa um basta ao passado colonial barroco. Assim, a matriz de Nossa Senhora do Carmo de Aimorés representa essa tendência. Segue no seu entorno, Resplendor e Itueta. Mais tarde a igrejinha de São Sebastião, em Aimorés foi substituída pela atual, em estilo art-déco. 
As avenidas de Aimorés estão repletas de art-déco em prédios comerciais e residenciais. Destacamos o Banco do Brasil pelo contraste de claro-escuro conseguido pelo arquiteto no jogo de aberturas com vidros e relevos cúbicos. 
O ecletismo, a exemplo de Belo Horizonte, entra em moda em Governador Valadares nas décadas de 20 e 30 como esforço de modernização. O fórum de Aimorés, construído em 1929, com a fachada de janelas e portas trigeminadas, com vergas de arcos plenos. A platibanda é ornada em estuque branco sobre fundo azul. 
As estações ferroviárias apresentam enormes plataformas cujos telhados são prolongados sobre o piso de embarque, sustentados por mãos-francesas de madeira torneada. 
Há uma certa identidade entre o estilo das estações e das casas dos ferroviários, isto é substituindo a sustentação dos beirais de cachorro por mão-francesa, com uma quebra no vértice da empena.






Prédio do Fórum, em Aimorés


Casa de Ferroviários, em Resplendor








Estação Ferroviária emTumiritinga


Estação Ferroviária, em Aimorés