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Taiobeiras
TAIOBEIRAS

O NOME DE TAIOBEIRAS

O nome Taiobeiras é bastante esquisito, à primeira vista. Por que este nome? Taiobeiras pertencia ao município de Rio Pardo de Minas e quando foi elevado à categoria de Distrito, pelo Decreto Estadual nº. 556, de 30 de agosto de 1911, tinha a denominação de "Bom Jardim das Taiobeiras". O nome Taiobeiras vem do tubérculo taioba, planta que era nativa naquela região. Havia um brejo próximo a uma estrada, com grande taiobal, daí veio o nome no plural. Pela Lei Estadual nº. 843, de 07.09.1923, o Distrito passou a ser denominado "Taiobeiras" e incorporado ao Município de Salinas.
O Governador do Estado (Juscelino Kubtschek) achou Taiobeiras um nome muito original e a seu pedido ficou ele mesmo consignado. A Lei Estadual nº. 1.039, de 12 de dezembro de 1953 aprovou a transformação do Distrito em Município, desmembrando-o de Salinas, tendo sua instalação se verificado do dia 1º. de janeiro de 1954.

POR QUE NASCEU O POVOADO

Naquela época, com a passagem de cavaleiros, boiadeiros e tropeiros, formou-se uma estrada que ia de Teófilo Otoni, Minas Nova, Araçuaí e Salinas para Caculé, Mortugaba, Jacarací, Caetité, Machado Portela e Rio de Contas da Bahia e a outra, boiadeira, por onde os fazendeiros levaram o gado magro de Montes Claros e Brejo das Almas (Francisco Sá) para engorda em Pedra Azul e Cachoeira do Pajeú (Adé Fernades) e depois vendiam em Vitória da Conquista, Mundo Novo e Feira de Santana, na Bahia, formando, assim, um entrocamento das suas estradas, onde havia um descampado que servia de acampamento aos tropeiros e boiadeiros.
Como a estrada estava bastante movimentada e era costume naquela época de se contruir uma capela nas fazendas, Vitoriano do Bom Jardim, como era conhecido, mandou construir uma pequena capela próximo àquele entrocamento. Havia no local uma frondosa árvore, que seriva de espera para os caçadores de animais e bichos que por alí passaram com destino ao Rio da Grama, onde ia beber água. Numa certa manhã, foi encontrada uma pessoa morta, sob aquela árvore, sendo sepultada ali mesmo. Vitoriano mandou cercar o local, formando-se, desta forma, o primeiro cemitério da localidade, que ficava ao lado da capela.
Posteriormente o Padre Esperidião Gabriel dos Santos, de Rio Pardo, foi chamado para benzer o cemitério, quando foi erguido um cruzeiro, em frente à capela, com a data cravada no seu pé: 1875. Este cruzeiro somente foi retirado do local, recentemente, para urbanização da praça, hoje denominada Joaquim Teixeira.
Em seguida, Vitoriano e Naninha doaram uma parte do Sítio Bom Jardim para as Almas, porém, não outorgaram escritura. Esta gleba abrange a área comprendida entre as Ruas Bom Jandim e Conrado Rocha, de um lado a outro da cidade, onde está o centro. Naninha ficou viúva logo depois e veio a falecer em 1910.
A primeira missa celebrada naquela capela, foi por volta de 1880, pelo mesmo Padre Esperidião Gabriel dos Santos, começando daí a prática da religião no local, com periódicas visitas do Padre.
Como aconteceu com a maioria das cidades mineiras, Taiobeiras nasceu com uma capela, um cemitério e um botequim.

Crônicas - Desenvolvimento, Política e Folclore, escrito por Avay Miranda.


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