Página 01 de 02

Início Página Anterior Próxima Página

CONGONHAS


O Santuário de Bom Jesus de Matozinhos visto da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.

Área: 324 Km2
Temperatura média anual: 20 C
Distância da capital: 89 Km
Rodovias que servem ao Município: BR 040
População: Urbana 29.486 hab.
Rural 5.878 hab.
Atividades econômicas: agricultura, pecuária e indústria
extrativa mineral.

 PATRIMÔNIO

Acervo Arquitetônico Paisagístico e Escultório do Senhor
Bom Jesus do Matosinhos

BREVE HISTÓRIA

 Em Minas setecentista o sagrado ocupava um lugar de absoluto destaque na mentalidade, pois não havia uma distinção entre o religioso e o profano. Congonhas surge destas circunstâncias.  Conta-se que um homem de origem portuguesa, Feliciano Mendes, quando se preparava para regressar à metrópole no ano de 1734, acometido de enfermidade, fez promessa ao Senhor Bom Jesus. Curado, em gratidão, construiu uma cruz no alto do morro do Maranhão, onde também colocou a imagem de Cristo, iniciando em seguida a construção de uma ermida.

 Congonhas, um dos centros de mineração das Minas Gerais, foi povoada dentro de um mesmo processo que ocorre em toda a Capitania. O sistema migratório iniciado pelos vicentinos exploradores logo são secundados por uma massa de gente de toda natureza.  Os portugueses que chegam são originários principalmente do norte da Metrópole portuguesa, região que tinha sido ocupada pelos muçulmanos (norte do Minho), gente de vocação agrária, mais conservadores que os citadinos.

 Os colonos brasileiros que para Minas se dirigiram abandonaram principalmente as Capitanias do nordeste, Pernambuco e Bahia, desorganizando a economia colonial. A migração provocou nos preços e mercados grande instabilidade. Capitais e mercadorias eram transferidos para as Minas, levando o desabastecimento, inflação e desarticulação econômica. Antonil relata o quadro:

“Cada ano, vêm nas frotas quantidades de portugueses e de estrangeiros, para passarem às Minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa”.

A “mistura” que Antonil se referia tinha propósito: os africanos, imigrados à força, chegam em Minas de inúmeras origens: de angolas a malés, de egbás a sudaneses, mais de 50 tribos representados em dialetos, tradições culturais e religiões diferentes. Os indígenas somavam mais de uma centena de tribos.

Assim, a população cresceu e ao final do século XVIII Minas contava com a maior população da Colônia: em 1772 eram 319.769 habitantes para uma população nacional de 1.555.200 (segundo o Anuário Demográfico de Minas Gerais, Ano 1, 1928). Por esta época, 1786, segundo o pesquisador Roberto Martins, a população escrava alcançava o número de 148.772 pessoas, fato que revela uma sociedade que não tem como escamotear seu traço essencial: o escravismo, regime de trabalho predominantemente e a base determinante de estratificação social que aqui se estabeleceu.

 Outra característica das sociedades mineradoras como Congonhas: é eminentemente formada por ricos (geralmente proprietários de lavras), pequenos e médios grupos sociais (geralmente proprietários de faisqueiras). Há entretanto diversificação no setor médio, que necessariamente não se ocupa da mineração, composto por mercadores (as minas eram abastecidas praticamente de tudo), tropeiros, oficiais, estalajadeiros, profissionais liberais, burocratas, soldados de milícia, clérigos, entre outros. Finalmente os escravos, que embora numerosos, em momento algum superou a população de homens livres.

 BIBLIOGRAFIA

ANTONIL, João Antônio Andreoni. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e Minas. 
São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1966.

 MARTINS, Roberto Borges. . A economia escravista de Minas no século XIX. 
Belo Horizonte: CEDEPLAR/UFMG, 1980, resumo da tese de doutorado.


Toda a beleza do conjunto do Santuáriuo.

Capela de Bom Jesus de Matozinhos


Detalhe do portal

Detalhe da portada.

Detalhe da portada.

Detalhe do medalhão.

Vista interna da Capela de Senhor Bom Jesus de Matozinhos
008.JPG
Altar-mor da Capela de Senhor Bom Jesus de Matozinhos

Altar-mor da Capela de Senhor Bom Jesus de Matozinhos
010.JPG
Detalhe do interior da Capela de Senhor Bom Jesus de Matozinhos

Obra de Aleijadinho - Isaías

Obra de Aleijadinho - Jeremias

Obra de Aleijadinho - Baruch

Obra de Aleijadinho - Daniel

Jonas

Habacuc

Oséas

Jeremias

Jonas

Jonas

Oséas

Baruch

Abdias

Daniel

InícioPágina AnteriorPróxima Página