História - Página 03 de 05

Início Página Anterior Próxima Página


1111000057  O mineiro.JPG
1111000057 O mineiro.JPG

(120.43 Kb - 800 x 600)

O fazendeiro seria, nos primeiros tempos, o homem das Gerais. O prolongamento de sua terra seria o Leste. Mas a condição de atraso, o sistema primitivo de comunicação, tornavam-no um rústico. Montado no cavalo inseparável, vem ele pelas picadas ao arraial, contrafeito quase sempre. Seu clima, o da roça, torna-o taciturno e introvertido. De botas e esporas, perambula pela lavoura entre negros e caboclos. Reune um rol de conhecimentos práticos, aprendidos na vida, com índios e negros, com pretas e tropeiros.

1111000058 Capela.JPG 1111000058 Capela.JPG
(40.45 Kb - 800 x 600)

A vida na fazenda desenvolveu um sentido fortemente paternalista. A economia fechada isolava as criaturas num círculo de usos rotineiros e quase primitivos. Apenas a reza aos domingos, no arraial mais próximo, possibilitava algum convívio de vizinhança.

1111000059 Colheita de Cafe.JPG 1111000059 Colheita de Cafe.JPG
(155.61 Kb - 800 x 600)

A plantação de café iria modificar o fazendeiro mineiro tradicional. Desloca-se do vale direito do rio Paraiba na segunda metade do século XIX. Os primeiros grupos começaram a chegar pelos afluentes. Filhos e netos de mineiros regressavam à província materna. O latifúndio exaurira o solo fluminense e avançava tragando novas terras com o negro e o café.

1111000060 Fazenda em Mar de Espanha.JPG 1111000060 Fazenda em Mar de Espanha.JPG
(85.05 Kb - 800 x 600)

As gerações da Mata ainda guardavam tradições dos velhos pioneiros, mas se adaptam facilmente à lavoura cafeeira. Do convívio nasceria um novo tipo, uma mistura de virtudes e defeitos.

1111000061 A família mineira.JPG 1111000061 A família mineira.JPG
(97.40 Kb - 800 x 600)

O trivial mineiro, numa fazenda da Mata, na segunda metade do século XIX, era o feijão com angu e torresmo, lombo de porco assado, linguiça, couve e farinha de milho. Aos domingos, a galinha e sobremesa, doce de cidra com queijo ralado ou o melado com farinha ou mandioca. Depois do jantar, na varanda, chá de congonha ou café adoçado com rapadura.

1111000062 Fazenda Louriçal.JPG 1111000062 Fazenda Louriçal.JPG
(70.04 Kb - 800 x 600)

Apresentava a fazenda de café, em geral, um grau de capitalizaçào inferior à usina de açucar, em virtude da condição de equipamento utilizado. Nos grandes estabelecimentos, próximos ao Paraibuna, eram complexas as instalações destinadas à limpesa, secagem e beneficiamento do grão.

1111000063 Derrubada da  mata.JPG 1111000063 Derrubada da mata.JPG
(135.49 Kb - 800 x 600)
1111000064 Fazenda Cafe Zona da Mata.JPG 1111000064 Fazenda Cafe Zona da Mata.JPG
(69.24 Kb - 800 x 600)

Os proprietários dispunham de máquinas e terreiros pelo menos cobertos de tijolos. A Mata adotava, como o sul de Minas e a região paulista, o estabelecimento de novas relações de produção, admitindo o trabalho semi-livre a colaborar com o escravo e a cuidar da colheita do grão.

1111000065 Capela maior.JPG 1111000065 Capela maior.JPG
(42.58 Kb - 800 x 600)
1111000066 Sobrado Mar Espanha.JPG 1111000066 Sobrado Mar Espanha.JPG
(82.17 Kb - 800 x 600)
1111000067 Faz Sta Cecilia.JPG 1111000067 Faz Sta Cecilia.JPG
(85.20 Kb - 800 x 600)
1111000068 Faz Santa Cruz.JPG 1111000068 Faz Santa Cruz.JPG
(91.10 Kb - 800 x 600)
1111000069 Fazenda Bom Retiro em Cataguases.JPG 1111000069 Fazenda Bom Retiro em Cataguases.JPG
(77.34 Kb - 800 x 600)
1111000070 Fazenda em Carangola.JPG 1111000070 Fazenda em Carangola.JPG
(50.74 Kb - 800 x 600)
1111000071 Fazenda em Fervedouro.JPG 1111000071 Fazenda em Fervedouro.JPG
(75.27 Kb - 800 x 600)
1111000072 Fazenda de fumo de rolo.JPG 1111000072 Fazenda de fumo de rolo.JPG
(64.99 Kb - 800 x 600)
1111000073 Fazenda de gado em Rio Preto.JPG 1111000073 Fazenda de gado em Rio Preto.JPG
(119.20 Kb - 800 x 600)
1111000074 Lavoura de Café.JPG 1111000074 Lavoura de Café.JPG
(66.47 Kb - 800 x 600)
1111000075 Armazém de Café da Cooperativa Minas Gerais Europa.JPG 1111000075 Armazém de Café da Cooperativa Minas Gerais Europa.JPG
(75.86 Kb - 800 x 600)
1111000076 Armazém Café França.JPG 1111000076 Armazém Café França.JPG
(99.75 Kb - 800 x 600)
1111000077 Além Paraiba - São José(1881).JPG 1111000077 Além Paraiba - São José(1881).JPG
(51.58 Kb - 800 x 600)

O café proporciona às comunidades o calçamento, a luz elétrica e, finalmente, certa ordem social e política.

1111000078 Usina Maurício 1908.JPG 1111000078 Usina Maurício 1908.JPG
(79.03 Kb - 800 x 600)
1111000079 Inauguração do Forum de Ponte Nova.JPG 1111000079 Inauguração do Forum de Ponte Nova.JPG
(76.34 Kb - 956 x 600)

Em sua escalada, cresceram as comunidades, que receberam melhor organização administrativa e jurídica. Vieram os doutores para os cargos da magistratura, os bancários atraídos para a solução dos litígios.

1111000080 Carangola - Rua XV de Novembro 1896.JPG 1111000080 Carangola - Rua XV de Novembro 1896.JPG
(52.52 Kb - 800 x 600)
1111000081 Estação Ferroviária, Hotel das Estações.JPG 1111000081 Estação Ferroviária, Hotel das Estações.JPG
(36.93 Kb - 800 x 600)

O café atraiu também os representantes do comprador, comerciantes de praças adiantadas, que montavam armazéns com máquinas de beneficiamento do grão.

1111000082 - Cataguases - Cel. Antenor e sua família.JPG 1111000082 - Cataguases - Cel. Antenor e sua família.JPG
(78.35 Kb - 800 x 600)

O Coronelismo: Na Mata, a partir da consolidação da economia cafeeira, adveio uma estrutura de liderança. Como processo, encrava as suas raízes num sistema social e político de quase meio século. Um retrospecto de seu comportamento, de meados do século passado até 1945, revela-nos que o líder, coronel ou doutor, pouco difere na média do grupo. O recrutamento não se deveu a origem, necessariamente. Entretanto, na raiz das comunidades está o grande sesmeiro.

1111000083 Estrada União Indústria.JPG 1111000083 Estrada União Indústria.JPG
(43.39 Kb - 800 x 600)

Se nos primeiros decênios do século a lavoura cafeeira foi limitada pelas comunicações e transportes, com a inauguração da estrada União Indústria, a provincia iria crescer acentuadamente sua produção.

1111000084 Carruagem União Indústria.JPG 1111000084 Carruagem União Indústria.JPG
(33.25 Kb - 800 x 600)

Pioneira das modernas rodovias, foi a União Indústria idealizada e construida por Mariano Procópio, ligando Juiz de Fora a Petrópolis, e, portanto, ao Rio de Janeiro.

1111000085 Diligências da União e Indústria.JPG 1111000085 Diligências da União e Indústria.JPG
(76.41 Kb - 800 x 600)

O trecho de Petrópolis a Juiz de Fora foi festivamente inaugurado em 1861, possuindo um total de 144 quilometros, sendo encampada pelo govêrno do Império em 1864.

1111000086 Locomotiva da época.JPG 1111000086 Locomotiva da época.JPG
(53.88 Kb - 800 x 600)

A primeira ferrovia que penetrou em território mineiro foi a Estrada de Ferro Dom Pedro II. Em 01 de maio de 1869 eram assentados os primeiros trilhos em Minas.


Início Página Anterior Próxima Página