Conheça os Principais Movimentos Estéticos
nas Artes Plásticas

Luiz Lopez
(Professor da Oficina de Artes Carlos Bracher)


Art Brut

As coleções de Art Brut iniciam-se em 1945. As obras são de artistas ou pessoas com pouca instrução, afastadas do ambiente cultural de escolas de arte ou de galerias e salões. "Boa parte das obras recolhidas", segundo o pintor Jean Dubuffet, "é de autores que a polícia ou os psiquiatras denunciaram como anti-sociais ou desprovidos de cidadania". 
Artistas: Adolf Wölfli, Alöise, Madge Gill.
Brasil: Antonio Poteiro, Artur Bispo do Rosário, Fernando Diniz.

 

Art Déco

Surge em 1925, em Paris, na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas. Concilia retas e curvas, arte e indústria e sofre influência do Art Nouveau, Cubismo, Futurismo, Bauhaus, arte asteca e egípcia.
Artistas: Chiparus, Dufrene, Jean Puiforcat, John Jesse, John Vassos.

 

Art Nouveau

Segundo Robert Delevoy, o Art Nouveau "foi um vasto movimento romântico e individualista, neobarroco e anti-histórico". Surgiu na Europa entre 1890 e 1910. Características: tendência decorativa e ornamental; valorização da linha com motivos florais ou geométricos; motivos delicados, sinuosos e ondulantes.
No Brasil, aparece após 1889 indo até o início da década de 20, influenciando o urbanismo, a arquitetura, as artes gráficas, a publicidade, a cartazística e o design. Influenciou artistas como Brecheret, Belmiro de Almeida, Di Cavalcanti, Eliseu Visconti, Flávio de Carvalho.
Artistas destacados: Gaudi, Guimard, Mackintosh, Toorop.

 

Arte Abstrata

Reação ao realismo acadêmico do século XIX. Revela liberdade de criação de formas livres (orgânicas) ou rigorosas (geométricas), cores, ritmos, texturas, resultantes do mundo interior do artista. Rejeição a toda representação da realidade exterior e aproximação da pintura ou da escultura à música e à arquitetura, estas vistas como artes sem necessidade figurativa, submetidas às suas próprias leis.
Origem: Alemanha e Rússia.
1910: Kandinsky faz sua 1.ª aquarela abstrata e escreve "O espiritual na arte".
Na Rússia, surge o Raionismo (1911/1912) com Lorionov, o Suprematismo (1915) com Malevitch, o Construtivismo (1920) com Tatlin, Pevsner e Gabo.
Em Paris, Robert Delaunay cria o Orfismo (1912).
Na Holanda, Mondrian, opondo-se ao lirismo de Kandinsky, cria o Ne-oplasticismo (1912), valorizando o intelecto e o rigor geométrico.
A arte abstrata gerou polêmicas calorosas e é justificada pelo dinamis-mo e pela angústia do homem na sociedade moderna, pela espiritualidade mís-tica, pela busca do essencial, pela caligrafia oriental, etc.
Cresce depois de 1914 e, após o surgimento do Surrealismo (1924), divide as preferências dos artistas até 1939.
1930, Paris: 1ª. exposição de arte abstrata
1937, EUA: criação da Associação dos Artistas Abstratos e do Museu de Pintura Não-Figurativa.
A partir de 1945, a Arte Abstrata se dissemina por vários países.
1946, Paris: 1º. Salão Oficial Internacional da Arte Não-Figurativa.
Outros artistas:
Alemanha: Fritz Winter, Julius Bissier, Sonderborg.
EUA: Gorky, Hofmann, Kline, Kooning, Motherwell, Pollock, Rothko, Tobey.
França: Bazaine, Bissière, De Stael, Fautrier, Hartung, Vieira da Silva, Wols.
Inglaterra: Adrian Heath, Anthony Hill, Ben Nicholson, Victor Pasmore.
Itália: Afro, Balla, Burri, Capogrossi, Corpora, Magnelli, Santomaso, Soldati, Vedova.

 

 

Arte Cinética

Surge em 1955, em Paris. É a "estética do movimento", segundo Frank Popper ou a "linguagem do movimento", para o inglês Guy Brett. Muitas vezes está ligada ao imaterial e ao ambiental, aproximando-se do Happening.
Artistas: Albers, Alviani, Castellani, Soto, Flavin, Calder.
Brasil: Ubi Bava, Palatinik, Sérgio Camargo.

 

Arte Conceitual

É a arte que exige a participação mental do espectador, elimina a estrutura representativa, matéria, artesanal, valorizando a idéia, o processo, a situação, como escreveu Abraham Moles: "O artista não luta mais com a matéria, mas com a idéia. Não faz mais obras, propõe idéias para fazer obras". Surgiu em 1969 na Suíça.
Artistas: participantes: Arakawa, Bernard Venet, Daniel Buren, Mel Boch-ner, Joseph Kosuth.
Brasil: Antonio Dias, Bárrio, Cildo Meireles, Waltércio Caldas.

 

Arte Concreta

Surge em 1930, a partir da revista Art Concret, fundada por Doesburg, Carlsund, Hélion, Tutundjian, Wartz e Shwan. Repele todo e qualquer simbolismo na arte, enfatizando a idéia de estrutura dos elementos visuais, através do emprego de leis matemáticas e óticas, as quais, a partir da obra e dos conceitos de Max Bill, buscavam construir uma nova realidade.
Outros artistas: Camile Graeser, Joseph Albers, Moholy-Nagy.
Brasil: Ivan Serpa, Luis Sacilotto, Waldemar Cordeiro, Weissmann.

 

Bauhaus 

Instituto de arte fundado pelo arquiteto Walter Gropius, em Weimar, Alemanha, no ano de 1919. Tinha por objetivo unir harmoniosamente arquitetura, escultura e pintura. Era, a um só tempo, escola de artes e ofícios, academia de belas artes e centro de cultura artística, voltados para a modernidade, mais precisamente o construtivismo, buscando a integração arte/indústria. Em 1929, a Bauhaus foi obrigada a se transferir para Dessau, funcionando até 1933, quando foram expulsos pelo regime nazista. Alguns membros do grupo vão para os EUA e, em 1937, em Chicago, Gropius, Feininger e Moholy-Nagy fundam a Nova Bauhaus.Em 1955, em Ulm, Alemanha, Max Bill, funda a Es-cola Superior da Forma.
Outros artistas: Itten, Albers, Herbert Bayer, Kandinsky, Klee, Mies Van der Rohe.

 

 

Body-Art

A arte do corpo surge quando o artista, abandonando os suportes convencionais da arte, busca no próprio corpo e sua materialidade (epiderme, suor, sangue, esperma) suporte para performances, rituais ou sacrifícios, registrando tal atitude através dos meios de reprodução e comunicação. Embora o aspecto sado-masoquista do movimento, a bodyart recupera práticas milenares de pinturas no corpo, tatuagens, maquilagens, travestimentos, sem o componente místico religioso de outras épocas.
Artistas: Bruce Nauman, Dennis Oppenheim, Herman Nitsch, Rudolf Schwarskogler.
Brasil: Lygia Clark e Hudinilson Júnior.

 

Construtivismo

Doutrina estética criada pelos russos Pevsner e Gabo, em 1920 e fun-damentada em dois elementos essenciais: o espaço (parte integrante da obra) e o tempo e seus ritmos (estáticos, cinéticos e dinâmicos). Segundo Pevsner, o volume da massa e do espaço são materiais diversos, concretos e mensuráveis.
Construtivismo, em sentido geral, designa também, uma tendência ge-ométrica, especialmente da arquitetura.

 

Cubismo

Revolução estética realizada na pintura e na escultura de 1907 a 1914, por Braque e Picasso.
O objetivo dos cubistas foi reagir contra a pintura ilusionista e o desejo de criar uma arte concebida pela inteligência, reduzida a formas simples, fragmentada, despojando os objetos de sua realidade temporária (perspectiva, claro-escuro) e a adoção da simultaneidade de pontos de observação de um mesmo objeto no plano. O poeta e crítico de arte Apollinaire diz que o cubismo é uma arte de invenção. Os críticos apontam três fases do cubismo: período cesariano (1907-1909), período analítico (1910-1912) e o período sintético (1913-1914).
Outros artistas: Brancusi, Gris, André Lhote, Archipenko, Laurens, Léger.
Brasil: Antonio Gomide e Vicente do Rego Monteiro.

 

Dadaísmo

Movimento literário e artístico ocorrido no período de 1915 a 1922, fundado pelo poeta Tzara, o escultor Arp e os escritores Hugo Ball e Richard Hülsenbeck, em Zurique, Suíça. O espírito do grupo era de violência anárquica, em resposta à 1ª. Guerra Mundial e, esteticamente, buscavam destruir e negar todas as formas de arte, num apelo ao arbitrário e ao absurdo. Na mesma época, em Nova Iorque, surge um movimento semelhante liderado por Marcel Duchamp, Man Ray e Picabia. Na Alemanha, Hülsenbeck, cria em 1917, um grupo em Berlim e outro em Colônia, com a participação de Max Ernst e Hans Arp. Outro movimento dadá surge em Hanover, a partir do artista Kurt Sch-witters.

 

Expressionismo

É uma tendência estética ocorrida em diversos países do norte europeu, de 1890 a 1930 e não uma escola ou grupo. Os expressionistas acentuam a violência espontânea e revoltada da inspiração, valorizam temas dramáticos e obsessivos, o conflito e a angústia existencial, marcados pela cor exacerbada e pela deformação da figura. Os primeiros expressionistas são representados por Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Ensor, Munch e Hodler.
No início do século XX, o movimento se formou a partir de dois grupos: Die Brücke (A Ponte), em 1905, em Dresde, com os artistas Kirschner, Heckel, Nolde e outros, e Der Bhue Reiter (O Cavalheiro Azul), de Munique, em 1909, formado por Kandinsky, Frans Marc, Macke e Jawlensky.
Brasil: Segall, Anita Malfatti, Portinari e Goeldi.

 

Expressionismo Abstrato

Nome criado pelo crítico Greemberg, nos EUA, para designar obras abstratas, cuja tensão emocional dos gestos, cores e formas aproxima-se dos expressionistas clássicos. Uma de suas variações é a Pintura de Ação (Action Painting), criada por Pollock, que gotejava tinta sobre a tela posta no chão.
Principais artistas: Franz Kline, Clyfford Still, Hans Hoffman, Pollock, Mark Tobey, Willen de Kooning.
Brasil: Iberê Camargo

 

Fovismo

Movimento pictórico surgido na França, de 1903 a 1907, representando a 1ª revolução artística do século XX. Grupos de diversos ateliês franceses participaram do Fovismo, que foi liderado por Matisse.
O Fovismo caracterizou-se pela exaltação da cor pura e a valorização do instinto que está latente no inconsciente. Como o nome diz, tem algo de selva-gem e primitivo. A audácia das cores escandalizou o público.
Outros artistas: Dufy, Friesz, Derain, Vlaminck, Marquet, Puy.
Brasil: Inimá de Paula e Kaminagai.

 

Futurismo

Movimento estético criado em Paris por Marinetti em 1909. Em 1910, os pintores Balla, Boccioni, Carra, Russolo e Severini unem-se a Marinetti e lançam o Manifesto dos Pintores Futuristas, realizando uma exposição em 1912. Os Futuristas valorizavam a era moderna, a máquina e a velocidade. A pintura futurista introduz o elemento dinâmico na composição cubista.
Segundo Marinetti, um carro de corrida era mais bonito que a Vitória de Samotrácia e, para Balla, um ferro elétrico era mais belo que uma escultura.

 

Happening (Acontecimento)

Jean Jacques Lebel afirma que happening "é artes plásticas, mas sua natureza não é exclusivamente pictórica, é também cinematográfica, poética, teatral, alucinatória, social-dramática, musical, política, erótica e psicoquímica. Não se dirige unicamente aos olhos do observador, mas a todos os seus sentidos". A participação do público é fundamental.
O primeiro happening ocorreu em 1952, nos Estados Unidos e foi realizado por John Cage.
Artistas: Marta Minujin, Kudo, Oldemburg e Red Grooms.
Brasil: Flávio de Carvalho, Ivald Granato, José Aguilar, Nelson Leiner, Wes-ley Duke Lee.

 

Hiper-Realismo

É um retorno ao Realismo de épocas passadas e surge na Europa e nos EUA na segunda metade da década de 60.
Pierre Schneider diz que o tema do Hiper-Realismo "não é a vida, mas a fotografia que fuzila a vida em pleno vôo". Às esculturas hiper-realistas, falta o sopro de vida, assim como nas telas - normalmente em grande escala - há um jogo de familiaridade e estranhamento.
Artistas principais: Aillaud, Bechtle, Duane Hansom, Gnoli, Richard Estes, Ralph Goimgs.
Brasil: Armando Sendin, Glauco Rodrigues e Gregório.

 

Impressionismo

O nome do movimento surge a partir da tela de Monet intitulada "Impressão, sol nascendo" exposta em 1874, no ateliê do fotógrafo Nadar, em Paris, à margem do Salão Oficial, reunindo 30 artistas.
O Impressionismo valoriza as cores puras do espectro, exalta a vibração da luz e as variações atmosféricas através do abandono do contorno, da dissolução das imagens, do modelado e dos detalhes; eliminação do claro-escuro e da perspectiva renascentista. Busca a autonomia pictórica e a aproximação da pintura à abstração. Objetiva, ainda, capturar o efêmero e o fugaz da vida ao ar livre.
Artistas principais: Berthe Morizot, Boudin, Degas, Manet, Monet, Pissaro, Sisley.
Brasil: Georgina Albuquerque, Gutmann Bicho, Henrique Cavalheiro, Navar-ro da Costa, Marques Júnior.

 

Ingênuos (Pintores)

São pintores autodidatas, chamados também de "primitivos", originários do povo, que se mantiveram à margem da estética oficial e da arte de vanguarda. A pintura ingênua caracteriza-se pela minúcia do desenho e pelas co-rés vivas e contrastantes. O artista ingênuo inunda suas obras de lirismo, sonho, fantasia, nostalgia, mística primitiva e se maravilha diante do esplendor das paisagens, dos animais, das flores, enfim, da vida.
A arte ingênua começou a ser valorizada no início do século XX e hoje, há vários artistas importantes em todo o mundo, em especial no Brasil: Artur Pereira, G.T.O. (Geraldo Teles de Oliveira), José Antônio da Silva, José Valentim Rosa, Júlio Martins da Silva, Madalena Santos Reinbalt, Maria Auxiliadora Silva, Pedro Paulo Leal, Raimundo de Oliveira e tantos outros.

 

Nabis (os)

Estética que se desenvolveu entre 1890 e 1900, na França, por um grupo de artistas que valorizam a composição livre e imprevista, inspiradas nas estampas japonesas, uso de tons lisos e interesse pelas técnicas decorativas (cartaz, ilustração de livros, vitrais, cenários de teatro). Exprimiam, em suas obras, a vida familiar e urbana de seu tempo. Sérusier e Maurice Denis apresentam em suas telas um simbolismo carregado de misticismo.
Denis diz que "Um quadro, antes de ser um cavalo de batalha, uma mulher nua ou qualquer anedota, é, essencialmente, uma superfície plana recoberta de cores reunidas em uma certa ordem". 
Outros artistas: Bonnard, Piot, Valloton, Maillol, Ranson, Vuillard.

 

Neo-Impressionismo

Movimento criado por Seurat, Signac e amigos, cuja preocupação era a de introduzir na arte o rigor da ciência e o estudo dos fenômenos óticos. É, portanto, uma reação ao empirismo, à busca do fulgaz, à improvisação, à pintura ao ar livre dos impressionistas.
Os partidários desse movimento pesquisam a psicologia e a fisiologia da visão, os problemas da ótica, a análise da luz e da cor a partir das experiências dos físicos Chevreul, Helmholtz e O. N. Rood.
A tinta é colocada na tela em pequenos toques ou pontos o que levou alguns a chamar o movimento de Pontilhismo ou Divisionismo.
Outros artistas: Charles Angrand, Henri-Edmond Cross, Dubois-Pillet.
Brasil: Belmiro de Almeida e Elizeu Visconti.

 

Neoplasticismo

Doutrina da plástica pura, criada por Mondrian, a partir de pesquisas de 1912 a 1917. A estética deriva do desenvolvimento do Cubismo e consiste no uso exclusivo do ângulo reto em posição horizontal ou vertical e das três cores primárias, às quais se juntam o branco, o negro e o cinza.
O movimento foi difundido pela revista De Stijl, de 1917 a 1928, repercutindo na Bauhaus de Dessau e em Nova Iorque.
O Neoplasticismo representa a valorização da abstração geométrica que se desenvolve até 1945.
Outros artistas: Théo Van Doesburg, Vantongerloo, Huszar.

 

Minimalismo

Surge a partir de 1965, nos EUA, principalmente na escultura, feita em grandes dimensões e caracterizada por superfícies polidas, brilhantes, com acabamento primoroso e a partir de matéria-prima industrial. São peças quase sempre voltadas para um rigor formal.
Artistas principais: Carl André, Donald Judd, Ellsworth Kelly, Mathias Goeritz, Robert Morris, Sol Lewitt.
Brasil: Amílcar de Castro, Carlos Fajardo, Eduardo Sued.

 

Orfismo

Termo criado pelo poeta Apollinaire, em 1912, para designar a pintura de Delaunay, a qual reagia à austeridade do Cubismo e exaltava os jogos de luz. 
O Orfismo é a busca da fusão do Cubismo com o Fovismo (estrutura/cor), e, segundo Joshua Taylor, provoca no espectador "uma sensação derivada da interação simultânea dos valores prismáticos". 
Artistas: Robert e Sonia Delaunay, Kupka.

 

Pintura Metafísica

Criada entre 1910 e 1915, por Giorgio de Chirico, em Paris. Foi uma reação ao dinamismo do Futurismo. Chirico revela a nostalgia do antigo, exalta o sonho, valoriza o silêncio e o enigma das horas, descortina o mistério das aparições. Um dos elementos emblemáticos desta estética é o manequim, que se situa a meio caminho entre o ser humano e o robô.
A Pintura Metafísica antecipa certos aspectos do Dadaísmo, ao aproximar objetos díspares, e também do Surrealismo, ao representar um clima onírico.
Outros artistas: Carlo Carrà e Morandi.
Brasil: Milton Dacosta.

 

Pop-Art

O termo provém de arte popular, com o sentido de urbanidade, e aparece numa tela do inglês Richard Hamilton, em 1955; no entanto, é na sociedade de consumo e de massa norte-americana que a Pop-Art se desenvolve.
Os temas desta estética são: os quadrinhos, a publicidade, a tv, o cinema, os luminosos, as atrizes, os políticos, os ídolos de massa.
A Pop-Art abandona a introspecção e o subjetivismo do Expressionismo Abstrato por uma estética fria e impessoal.
Principais artistas:
Andy Warholl, Claes Oldemburg, David Hockney, Hamilton, Jasper Johns, Paollozi, Rauschemberg, Rosenquist, Roy Lichtenstein.
Brasil: Cláudio Tozzi, Gerchman e Wesley Duke Lee.

 

 

Raionismo

Movimento estético criado por Larionov em 1911-1912 (Moscou), cujo manifesto de 1913 propõe a utilização de raios de cores paralelos ou em sentido contrário, dando a impressão de deslizar para fora do tempo e do espaço.
As obras raionistas de Larionov e Gontcharova situam-se entre as primeiras pinturas abstratas do século XX.

 

Simbolismo

Surgiu a partir do manifesto do poeta Jean Moreas, em Paris, em 1886. Os simbolistas negam a sociedade industrial, refugiam-se na natureza e na religião, valorizando temas bíblicos e mitológicos. Segundo Frederico Morais, "A composição se organiza de modo linear, em primeiro plano, com a composição se fechando em alvéolos ou em escorço".
O tema recorrente nas obras simbolistas é a mulher, ora vista como mu-sa inspiradora, deusa, ora como cortesã. Os Nabis e os Sintetistas são subcorrentes do Simbolismo.
Principais artistas: Denis, Moreau, Hodler, Klimt, Puvis de Chavannes, Re-don.
Brasil: Carlos Oswald, Lucílio de Albuquerque, Helius Seelinger, Visconti.

 

Suprematismo

Nome dado pelo pintor russo Malevitch à abstração geométrica, em 1913, com manifesto assinado por ele e o poeta Maiakovski em 1915, o qual defendia a supremacia da sensibilidade sobre o objeto e sobre os elementos da natureza. As obras suprematistas eram elaboradas a partir das figuras geométricas: quadrado, retângulo, triângulo e círculo e, ainda, a partir da forma da cruz.
Em 1915, Malevitch atingiu o ponto máximo de simplicidade da estética suprematista, com a obra "Quadrado branco sobre fundo branco", chegando, assim, aos limites extremos da arte abstrata.
As obras de Malevitch estão carregadas de espiritualidade, silêncio, leveza e desmaterialização, aproximando-se do sagrado.


Surrealismo

Surge em Paris (1924) com a publicação do manifesto de André Breton, que o define como "Automatismo psíquico pelo qual propõe-se expressar(...) o funcionamento real do pensamento", e, ainda, a "ausência do controle exercido pela razão, com exclusão de toda preocupação estética e moral". 
O Surrealismo se interessou tanto pela filosofia e poesia, quanto pela política e se aproxima, ora da teoria marxista, ora da psicologia freudiana.
Seus seguidores cultuam o sonho, o instinto, a nostalgia, o fantástico, a representação alucinada, as combinações insólitas, as paisagens interiores e valorizam as manifestações artísticas dos pintores primitivos, das crianças e dos doentes mentais.
Em 1925, os surrealistas organizam a primeira exposição reunindo Arp, Ernst, Man Ray, Miró, Picasso (temporariamente surreal) e Chirico. A partir de 1935, o grupo realiza exposições internacionais.
Outros artistas: Chagall, Dali, Klee, Magritte, Masson, Matta, Tanguy.
Brasil: Flávio de Carvalho e Ismael Nery.