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ROSTO AO VENTO
ROSTO AO VENTO



Rosto ao vento
Estranhos pensamentos
Leves como poeira
O tempo passa em corrida
Neste sertão de porcelana
Onde a vida é guiada
Pela exatidão dos vaga-lumes.

Por que demora: pão, terra e liberdade?

Mas um menininho
Atravessa meu caminho
Como uma verdade que chega.
Burrinho empacado, no meio da estrada:
- O que foi? Posso ajudar?
Misterioso silêncio entre eu e ele
Neste intervalo de espaço
Que existe entre dois grãos
Uma solidão imensa
Nada mais fiz do que pensar nele
Tão longe nós dois, esta fábula inconclusa.

-Coragem menininho, coragem!
Siga as estrelas, faça seu caminho!
Um arco íris irá encontrar.