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INVENTOS
INVENTOS

(dedicado a Ellen Parrela)


É branco o dia,
Branco o vento, o sol e o céu.
Este dia branco existe, porque existo.

Mas meu amor é vermelho
Como as tulipas do quadro de Bracher
E opalas os versos de Rilke!
Rubros os sentimentos no Arabeske de Shumann.
Tocado por Miles, brilham o blues de Round Midnigth
E douradas as bachianas de Villa-Lobos.

Em Minas, diz-se haver um rio que não corre,
E até uma boca que nunca conheceu um beijo!
Vêm dos sonhos e das memórias nossa história?
E o destino, a gasolina e o mal estar social?
Inventamos tudo, as cidades, a política, os devaneios
A morte de Deus anunciada pela Razão!

O mundo é feito de mudanças,
De vontades, de novas feições e significados
De versos, de músicas e guerras,
E também do incomensurável amor
Como o nascido no coração azul de Ellen
No dia que inventou seus filhos.